Estou lendo o livro Explorando o druidismo celta: magias e rituais antigos para o fortalecimento pessoal, de Sirona Knight, publicado pela Madras (claro). Durante a leitura, a gente vai viajando, né? Então, isso que eu vou postar aqui foi uma viagem que eu tive. Uma coisa que eu sempre gostei foi dos nomes mágicos. Pela tradição gwiddonica, a que é apresentada no livro, podemos escolher diversos nomes de diversas maneiras e para diversas ocasiões e com diversas finalidades. Aprendi até um feitiço para proteção que é feito com nome, que eu vou querer para mim. Mas como estou encantado de mais, provavelmente não faria tudo de maneira adequada. Então, vou esperar toda a euforia passar para depois eu fazer tudo. Então, enquanto ela não passa, vou fazer um resuminho aqui dessa parte do livro. Vou apresentar três modalidades de nomes: Nome de Ofício, Nome de Totem e Nome Secreto.
Nome de Ofício: é o seu nome mágico. “Você pode encontrar seu nome em um livro, nos céus, na natureza ou pode usar o nome de sua Deusa ou Deus favorito. Sua imaginação é o seu único limite. Escolha um nome que você goste! Muitos desses nomes foram usados por milhares de anos, e existe uma energia e uma personalidade específica associada a eles.” (p. 72-73). O que eu achei legal foi a impressão histórico-temporal que está impregnado em nosso nome. Escolher um nome para si é voltar essas energias para si próprio, então, escolher um nome para si é uma missão de muito respeito. Eu tenho um nome de ofício que partilho somente com meus irmãos de coven. Esse eu não revelo... hehehehe.
Nome de Totem: é legal usar a magia dos totens para desenvolver em você mesmo as características marcantes do seu totem. Por exemplo, o totem da autora do livro é um cisne. O cisne, em geral, está associado à transformação. Veja o caso de Odette, a jovem bela que é enfeitiçada pelo bruxo Siegfried e condenada a passar o resto de seus dias sob a forma de um cisne, que só revela sua verdadeira forma sob a luz da lua cheia. Essa é a historia do Lago do Cisnes, peça de música clássica composto por Tchaikovsky. Outra referência é o Patinho Feio, escrito primeiramente em meados de 1800. O filhote de cisne é renegado pela sociedade por ser diferente, apesar da aparente semelhança com os pintinhos. Depois de fugir de casa e enfrentar sozinho o inverno, finalmente ele cresce e encontra um lago cheio de cisnes, onde é aceito. É claro que o bicho já tinha nascido cisne, mas sua aceitação só foi possível depois que ele encontrou sua turma. A diferença entre ser aceito e abandonado é marcado pela transformação em cisne. Quando a autora assume como seu nome de totem Cisne, ela chama para si essa energia de transformação, de desabrochamento, de embelezamento também (por que não?). Podemos escolher um nome de um totem que pretendemos nos parecer nos poderes.
Nome Secreto: quando você assume seu nome secreto e aflora o seu “agora eterno”. Depois de escolhido, ou descoberto, seu nome secreto não deve ser nunca relevado a ninguém, e nunca escrito tão pouco. Somente pronunciável por apenas você. Jamais ouvido por outros ouvidos que não os seus quando sua boca o pronuncia. Esse é o nome sobre o qual se faz o feitiço de proteção de que a pessoa não consegue fazer mal para você sem saber esse nome. “Seu nome secreto torna-se um poderoso aliado e escudo, à medida que você progride em seus estudos druidísticos” (p. 75)
Com tantas possibilidades de escolher nomes para nós mesmos, é sensato refletir sobre isso antes de sair por aí se chamando cada hora de um nome diferente. Os nomes carregam a energia de seu sentido e de sua história. De repente, até trazem alguns fardos. Pensa em alguém que se chama Auxiliadora... rsrsrsrs.. brincadeira. O fato é essas energias devem ser devidamente trabalhadas para que as magias façam sua função. Por isso, refletir muito antes de escolher um nome é importantíssimo. Depois de escolhido, fazer um rito de nomeação é muito bom para ajudar a transportar o nome para dentro de si, acompanhado, logicamente, de muita pesquisa também.
E porque trocar de nomes? Com o tempo, nossa condição, nossas necessidades e objetivos vão se alterando. Vamos aprendendo umas coisas, deixando de aprender outras, desaprendendo algumas também. E assim vai. É normal que você não seja exatamente a mesma pessoa a vida inteira, graças às experiências pelas quais passou. Por isso, escolher um outro nome em outra fase da vida, em outro momento, com outros objetivos é perfeitamente saudável e também renovável.
E aproveitando que estamos falando de nomes mágicos, qual será a magia que está impregnada no nome que a nossa mãe nos escolheu? Olha, no meu caso acho que deu certo com minha personalidade, meu jeito de ser. Então, é evidente, pelo menos no meu caso, o efeito do nome que levamos. Quem quiser um exemplo de pesquisa de nomes próprios, eu deixo uma parte da minha.
Com o tempo, vou postando outras informações, como o rito de proteção com o nome secreto, ou alguns exercícios para descobrir nomes. Tudo tirado desse livro que estou lendo. Até a próxima! [;)~]
Feliz encontro
Feliz partida
Para um feliz reencontro
(clique na figura para conhecer a Lenda do Nome Mágico)